Reuniu 30 países numa jornada de protestos, vigílias, manifestações, num total de mais de 90 acções em todo o mundo. Provavelmente, em Lisboa, não participaria. devido à falta de tempo que o nosso dia a dia nos proporciona. Mas estou solidário com a causa.
Em Nova Iorque, o protesto estava marcado para as 9 de manhã em frente do consulado chinês, junto ao cais de embarque na Circle Line (rua 42 e 12ª av). Fui dos primeiros a chegar. Afinal, alguém tinha posto uma mensagem a circular que tudo ia começar às 11 e por isso poucos ali estavam àquela hora. Mas eu tive uma pontualidade incrível. Foi muito bom, assim pude conversar com as pessoas envolvidas. Cada uma tinha uma história interessante a contar. Até eu, já que à menos de 2 anos estive no Tibete. Aliás, de todos era eu a pessoa que tinha estado à menos tempo lá. Muitos, até, nunca lá tinham estado. Nem é importante. O que interessa é que todos estávamos ali unidos por uma causa. O TIBETE. E o apelo à comunidade internacional para que se consiga que a china acabe com o genocídio na região. Talvez genocídio pareça uma palavra demasiado forte, mas é o que se passa, na realidade. Ao longo de muito tempo, é certo, mas o que é, é para ser dito.
Cantámos o Hino do Tibete, gritamos palavras de ordem, o normal nestas coisas. Não fomos presos. Não fomos afastados do local. Não fomos pressionados a terminar com o protesto. Afinal, a América ainda cheira a liberdade, apesar de, por vezes não parecer. Havia um enorme dispositivo policial à volta do consulado. Por muito que nos enaltecesse o ego, não estava ali por nossa causa. Logo depois dos acontecimentos em Lhasa no inicio de Março, houve alguns protestos violentos à porta do consulado. Resultaram em alguns vidros partidos, uma mancha de tinta cor de sangue na parede e algumas pessoas detidas. Mas a nossa acção foi, obviamente pacífica. Nem se consegue bem misturar violência com Tibete. A menos que se meta o regime chinês no meio. Os Tibetanos são pacíficos e por isso pouca resistência conseguiram fazer ao regime de Pequim desde 1959. Resta-nos a esperança que , devido à exposição mediática dos Jogos Olímpicos se consiga alterar as consciências de quem, no mundo pode forçar o regime a ceder na autonomia do Tibete (não confundir com independência).
O problema maior, para mim, é o mundo estar refém de Pequim. O que se passará a nivel mundial se a china de repente suspender todas as exportações. Perdem muito dinheiro, mas o resultado que conseguiriam justificaria o preço. Estaremos nós preparados para esta possibilidade? É que a economia mundial é tão frágil e volátil e tão dependente de china que não hesitariam em retaliar desta forma.
Esperemos que não, e que tudo seja diferente. Afinal, só queremos que a china cumpra o que anunciou em 1959 mas que nunca o fez. A Libertação Pacífica do Tibete. O que foi feito foi tudo menos pacífico, e pelos vistos, ainda continua a fazer...
Em Nova Iorque, o protesto estava marcado para as 9 de manhã em frente do consulado chinês, junto ao cais de embarque na Circle Line (rua 42 e 12ª av). Fui dos primeiros a chegar. Afinal, alguém tinha posto uma mensagem a circular que tudo ia começar às 11 e por isso poucos ali estavam àquela hora. Mas eu tive uma pontualidade incrível. Foi muito bom, assim pude conversar com as pessoas envolvidas. Cada uma tinha uma história interessante a contar. Até eu, já que à menos de 2 anos estive no Tibete. Aliás, de todos era eu a pessoa que tinha estado à menos tempo lá. Muitos, até, nunca lá tinham estado. Nem é importante. O que interessa é que todos estávamos ali unidos por uma causa. O TIBETE. E o apelo à comunidade internacional para que se consiga que a china acabe com o genocídio na região. Talvez genocídio pareça uma palavra demasiado forte, mas é o que se passa, na realidade. Ao longo de muito tempo, é certo, mas o que é, é para ser dito.
Cantámos o Hino do Tibete, gritamos palavras de ordem, o normal nestas coisas. Não fomos presos. Não fomos afastados do local. Não fomos pressionados a terminar com o protesto. Afinal, a América ainda cheira a liberdade, apesar de, por vezes não parecer. Havia um enorme dispositivo policial à volta do consulado. Por muito que nos enaltecesse o ego, não estava ali por nossa causa. Logo depois dos acontecimentos em Lhasa no inicio de Março, houve alguns protestos violentos à porta do consulado. Resultaram em alguns vidros partidos, uma mancha de tinta cor de sangue na parede e algumas pessoas detidas. Mas a nossa acção foi, obviamente pacífica. Nem se consegue bem misturar violência com Tibete. A menos que se meta o regime chinês no meio. Os Tibetanos são pacíficos e por isso pouca resistência conseguiram fazer ao regime de Pequim desde 1959. Resta-nos a esperança que , devido à exposição mediática dos Jogos Olímpicos se consiga alterar as consciências de quem, no mundo pode forçar o regime a ceder na autonomia do Tibete (não confundir com independência).
O problema maior, para mim, é o mundo estar refém de Pequim. O que se passará a nivel mundial se a china de repente suspender todas as exportações. Perdem muito dinheiro, mas o resultado que conseguiriam justificaria o preço. Estaremos nós preparados para esta possibilidade? É que a economia mundial é tão frágil e volátil e tão dependente de china que não hesitariam em retaliar desta forma.
Esperemos que não, e que tudo seja diferente. Afinal, só queremos que a china cumpra o que anunciou em 1959 mas que nunca o fez. A Libertação Pacífica do Tibete. O que foi feito foi tudo menos pacífico, e pelos vistos, ainda continua a fazer...
Esta foto sintetiza o que todos queremos: One Way... É que, por enquanto, ainda não se conseguiu encontrar esse caminho. Todos sabemos qual é, mas ainda há muita coisa a fazer...
Etiquetas: Nova Iorque, Tibete
1 comentários:
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
"My friend"
Depois do que me contaste da tua viagem ao Tibete, não fosse a China o mercado mais emergente do mundo e logo veriamos como seria isto resolvido!
Os Chineses são mestres (ao contrário do que dizem) na arte de aproveitar situações... depois de uma situação destas nem levar COI a pestanejar é uma rotunda vitória! Não é o "povo livre" que se aproveita dos jogos para "lixar" a China, é esta que se aproveita dos Jogos (e do exterco consumista em que o mundo se tornou) para pelo (medo/omissão) dos outros povos legitimar a sua conduta por mais bárbara que seja!
Que bem se fod... é o que lhes desejo!
Abraço e continuação de boa excursão!